Serial Killers

O Vampiro de Niterói

Durante o final da década de 1990, a cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro, Brasil, foi abalada por uma série de assassinatos. O indivíduo apontado como principal suspeito e autor desses crimes foi Marcelo Costa de Andrade, mais conhecido como o “Vampiro de Niterói”.

Vampiro de Niterói - Marcelo Costa de Andrade
Marcelo Costa de Andrade, o vampiro de Niterói. Reprodução/Redes Sociais

Quem é o vampiro de Niterói?

Marcelo Costa de Andrade nasceu na favela da Rocinha no Rio de Janeiro no dia 2 de janeiro de 1967. Sua infância e adolescência foram muito complicadas, sua mãe, a empregada doméstica Sônia Xavier Costa, apanhava diariamente do seu marido e pai de Marcelo. Aos cinco anos, após a separação dos seus pais, Marcelo foi morar com os avós no Ceará.

Aos dez anos de idade, Marcelo volta ao Rio e passa a morar em São Gonçalo, junto com sua mãe e o padrasto, porém nesse período, o garoto presenciou diversas brigas do casal, o que acabou terminando com a separação novamente. Após a separação, sua mãe arrumou um emprego para dormir na casa da família e não pode levar o filho o mandando assim para a casa do pai.

Na casa do seu pai, a situação não foi nenhum pouco diferente, Marcelo passou a ter problemas com a sua madrasta e os filhos do casal. Além dos problemas em casa, o garoto era ridicularizado e isolado pelos colegas de classe, por acharem ele “estranho” e por não acompanhar o ritmo das aulas, repetindo de série por diversas vezes.

Após um período morando com o pai, Marcelo fugiu de casa e passou a morar na rua, onde sofreu diversos abusos e começou a se prostituir para ganhar dinheiro.

Nessa mesma época, Marcelo saiu das ruas e passou a morar em algumas casas destinadas ao atendimento de menores em situações irregulares da região, porém aos 14 anos, não podendo mais ser acolhido por essas instituições, por conta da idade, o garoto volta as ruas e a prostituição e começa a usar o dinheiro dos programas para viajar para varias cidades do Brasil.

Por volta dos 17 anos, Marcelo conheceu e começou um relacionamento com um homem de 48 anos chamado Antônio Batista. Eles moraram juntos por 4 anos e nesse tempo, Marcelo passou a frequentar a Igreja Universal do Reino de Deus.

Quem eram as vítimas do serial killer?

As vítimas do assassino, eram meninos, com idades entre 5 e 12 anos e em sua maioria, crianças que viviam em situação de rua.

O modus operandi de Marcelo era basicamente, oferecer lanches e dinheiro aos garotos para atraí-los, com a desculpa de precisar da ajuda deles para acender velas para São Jorge.

Em 9 meses, Marcelo matou 13 crianças e como troféu pela morte ele levava a bermuda dos garotos, após asfixia, estupro e até necrofilia das vitimas. Além disso, Marcelo batia na cabeça das suas vítimas, abrindo um ferimento para conseguir beber o sangue, segundo ele, fazendo isso ele seria purificado.  

De acordo com a própria confissão, Marcelo alegou matar apenas crianças nessa faixa de idade, por acreditar em uma fala do seu pastor, que dizia que essas crianças iriam direto para o seu, ao contrário de vítimas mais velhas, ou seja, Marcelo acreditava que estava fazendo o bem para elas.

Marcelo confessou todos os crimes após sua prisão, que aconteceu após uma das suas vítimas, o garoto Altair conseguir fugir do local.

Prisão e condenação do Vampiro de Niterói

O serial killer foi diagnosticado com uma grave condição de saúde mental que engloba esquizofrenia e psicopatia, além de apresentar distúrbios comportamentais decorrentes de sua psicopatia. Devido a sua condição mental e à relação de sua condição com os crimes cometidos, Marcelo foi considerado inimputável e, consequentemente, isento de pena criminal. Em vez de cumprir pena em uma instituição prisional, ele foi enviado para um hospital de custódia e tratamento psiquiátrico no Rio de Janeiro, por tempo indeterminado, a fim de receber o tratamento adequado para sua condição.

No mês de janeiro de 1997, Marcelo conseguiu fugir do hospital psiquiátrico em que estava internado. Aproveitando-se de um descuido por parte de um guarda, que deixou um portão aberto durante o período de banho de sol dos pacientes, ele escapou. No entanto, em fevereiro do mesmo ano, graças a uma denúncia, Marcelo foi recapturado no estado do Ceará.

Marcelo permanece internado em um hospital psiquiátrico sem previsão de liberdade.